"Jesus pregando no Sermão do Monte" - Gustave Doré |
Na noite dos tempos, surge em algum momento da história do mundo, personagens que se tornam marcos fundamentais, e de presença inigualável na historiografia humana.
Jesus é um destes. Para alguns “sábios do mundo”, Ele fora apenas um homem comum, que fez certos prodígios, bem ao gosto das pessoas crédulas e ingênuas. Para outros, fora algum rebelde inconformado com a situação de seu povo. Que buscou enfrentar o poder tirânico de sua época, sendo logo depois, calado com a crucificação. Para uns, ainda, o desdém de sua menor importância...
Para alguns cristãos, Ele é quase um deus, ou o próprio Deus. Para outros, não-cristãos, fora um profeta importante; um Rabi seguidor da Torá e, digno de respeito.
A magna presença de Jesus, ainda nos dará, inúmeros estudos na compreensão de Sua presença entre nós.
Não ousamos defini-Lo, senão com Sua própria definição: “Chama-me Mestre. Isto, Eu o Sou.” Qualquer forma de defini-Lo é uma vã tentativa de rotulá-Lo, segundo nossas concepções, ainda, bastante imperfeitas.
Para os Espíritos Superiores que responderam à Kardec, em o Livro dos Espíritos, Jesus é o modelo dado por Deus a todos nós. Segui-Lo é o caminho, mais curto, para se chegar à perfeição tanto almejada.
Mas onde está Jesus agora?
Está Jesus nos templos religiosos?
Está Jesus nos livros sagrados?
Está Jesus no cotidiano de nossa vida?
Precisamos compreender o objetivo de Sua missão, na sua forma mais íntima e pessoal. Jesus não é uma referência à vaidade de, um ou outro, religioso, filósofo, ou estudioso de Sua obra. Para que, ao final de uma funda análise, nos sirva, apenas, como um mostruário de virtudes a serem seguidas em, um ou outro, momento.
Pensamos que, Jesus é para o hoje e, para o agora. Para as situações da presente humanidade. Colocar Jesus como modelo inatingível, é disfarçada rota de fuga, para não dizer, artifício do ego, na tentativa de um não enfrentamento do que somos.
É a nossa habitual maneira de colocar a sujeira embaixo do tapete. Porque esquecemos que, na Vida existem leis justíssimas, que nos aplicaram medidas cabíveis de reajustamento, até atingirmos o ponto de equilíbrio na conduta. Quer seja na ordem social, emocional, psicológica ou espiritual, por fim.
Não nos arrependeremos de segui-Lo. Mas segui-Lo não será abandonar o mundo para conquistar o céu. E sim, conquistar o mundo (interior), no céu das coisas cotidianas. Jesus nunca propôs fuga. Sempre, Ele foi o máximo na coragem de supera-se e de transcender-se. Imitá-Lo é roteiro certo de auto-conquista.
Inúmeros homens e mulheres, nos dois planos da Vida, se dedicam a estuda-Lo. E, muitos, nos trazem Seus exemplos, palavras e atos, como os mais amoráveis, os mais grandiosos. Todos os Seus gestos foram de Amor. De Sua alma se desprendeu sempre: bondade, compaixão, tolerância e, tantas outras virtudes, em graus superlativos.
Do que precisamos para segui-Lo?
Quais impedimentos?
Que paralisias temos?
Do que somos cegos? Onde temos chagas? Onde somos fracos, miseráveis e leprosos?
Jesus veio para nós. Mas não, apenas, para nós. Sua missão transcende o ego. E, sublima-se na Humanidade.
Pai Nosso!.. Suas palavras são de comunhão; são para o povo, pelo social, para a vida.
Impossível defini-Lo. Possível segui-Lo, sempre.
Ousemos!
Nos sintamos felizes por Sua proposta ser para nós, a mais sublime canção que já ouvimos.
Tenhamos fé, de que, em maior ou menor tempo, dependendo, apenas, de nosso esforço individual. Estaremos, todos nós, imersos – por nossa vez -, na mais pura e harmoniosa felicidade, que poderíamos supor. Os louros, desta possível vitória, só depende de nós.
Muita Paz!
Vosso irmão,
Cláudio
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