"Não se trata de biblismo místico e dogmatizante, longe disso. Mas de descobrir, pelo estudo profundo dos fundamentos doutrinários e por uma visão progressista da cultura espírita, o quanto a hermenêutica pode adquirir uma explanação confortadora e luminosa, motivadora de uma vivência saudável. Esse estudo, seguido de uma meditação, em ambientes apropriados de nossos centros espíritas, constituirá lídimas iniciativas de maturidade espiritual, será alento imprescindíveis à nossa caminhada, será o mergulho na intimidade donde extrairemos refazimento e sintonia com as forças superiores da vida.
A questão decisiva é a vivência." - Cícero Pereira

"Evangelho: ética para o Terceiro Milênio" - Seara Bendita - Wanderley Oliveira/Maria José C. Soares de Oliveira, Editora Dufaux

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A constante presença do Cristo


"Jesus pregando no Sermão do Monte" - Gustave Doré

      
Na noite dos tempos, surge em algum momento da história do mundo, personagens que se tornam marcos fundamentais, e de presença inigualável na historiografia humana.

Jesus é um destes. Para alguns “sábios do mundo”, Ele fora apenas um homem comum, que fez certos prodígios, bem ao gosto das pessoas crédulas e ingênuas. Para outros, fora algum rebelde inconformado com a situação de seu povo. Que buscou enfrentar o poder tirânico de sua época, sendo logo depois, calado com a crucificação. Para uns, ainda, o desdém de sua menor importância...

Para alguns cristãos, Ele é quase um deus, ou o próprio Deus. Para outros, não-cristãos, fora um profeta importante; um Rabi seguidor da Torá e, digno de respeito.

A magna presença de Jesus, ainda nos dará, inúmeros estudos na compreensão de Sua presença entre nós.

Não ousamos defini-Lo, senão com Sua própria definição: “Chama-me Mestre. Isto, Eu o Sou.” Qualquer forma de defini-Lo é uma vã tentativa de rotulá-Lo, segundo nossas concepções, ainda, bastante imperfeitas.

Para os Espíritos Superiores que responderam à Kardec, em o Livro dos Espíritos, Jesus é o modelo dado por Deus a todos nós. Segui-Lo é o caminho, mais curto, para se chegar à perfeição tanto almejada.

Mas onde está Jesus agora?
Está Jesus nos templos religiosos?
Está Jesus nos livros sagrados?
Está Jesus no cotidiano de nossa vida?

Precisamos compreender o objetivo de Sua missão, na sua forma mais íntima e pessoal. Jesus não é uma referência à vaidade de, um ou outro, religioso, filósofo, ou estudioso de Sua obra. Para que, ao final de uma funda análise, nos sirva, apenas, como um mostruário de virtudes a serem seguidas em, um ou outro, momento.

Pensamos que, Jesus é para o hoje e, para o agora. Para as situações da presente humanidade. Colocar Jesus como modelo inatingível, é disfarçada rota de fuga, para não dizer, artifício do ego, na tentativa de um não enfrentamento do que somos.

É a nossa habitual maneira de colocar a sujeira embaixo do tapete. Porque esquecemos que, na Vida existem leis justíssimas, que nos aplicaram medidas cabíveis de reajustamento, até atingirmos o ponto de equilíbrio na conduta. Quer seja na ordem social, emocional, psicológica ou espiritual, por fim.

Não nos arrependeremos de segui-Lo. Mas segui-Lo não será abandonar o mundo para conquistar o céu. E sim, conquistar o mundo (interior), no céu das coisas cotidianas. Jesus nunca propôs fuga. Sempre, Ele foi o máximo na coragem de supera-se e de transcender-se. Imitá-Lo é roteiro certo de auto-conquista.

Inúmeros homens e mulheres, nos dois planos da Vida, se dedicam a estuda-Lo. E, muitos, nos trazem Seus exemplos, palavras e atos, como os mais amoráveis, os mais grandiosos. Todos os Seus gestos foram de Amor. De Sua alma se desprendeu sempre: bondade, compaixão, tolerância e, tantas outras virtudes, em graus superlativos.

Do que precisamos para segui-Lo?
Quais impedimentos?
Que paralisias temos?
Do que somos cegos? Onde temos chagas? Onde somos fracos, miseráveis e leprosos?

Jesus veio para nós. Mas não, apenas, para nós. Sua missão transcende o ego. E, sublima-se na Humanidade.

Pai Nosso!.. Suas palavras são de comunhão; são para o povo, pelo social, para a vida.
Impossível defini-Lo. Possível segui-Lo, sempre.
Ousemos!

Nos sintamos felizes por Sua proposta ser para nós, a mais sublime canção que já ouvimos.

Tenhamos fé, de que, em maior ou menor tempo, dependendo, apenas, de nosso esforço individual. Estaremos, todos nós, imersos – por nossa vez -, na mais pura e harmoniosa felicidade, que poderíamos supor. Os louros, desta possível vitória, só depende de nós.

Muita Paz!
Vosso irmão,
Cláudio


Texto psicografado por Erick Nogueira, no Momentos de Esperança, na noite de 18 de dezembro de 2009, no Grupo Espírita Esperança, Camaragibe – PE.


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