"Não se trata de biblismo místico e dogmatizante, longe disso. Mas de descobrir, pelo estudo profundo dos fundamentos doutrinários e por uma visão progressista da cultura espírita, o quanto a hermenêutica pode adquirir uma explanação confortadora e luminosa, motivadora de uma vivência saudável. Esse estudo, seguido de uma meditação, em ambientes apropriados de nossos centros espíritas, constituirá lídimas iniciativas de maturidade espiritual, será alento imprescindíveis à nossa caminhada, será o mergulho na intimidade donde extrairemos refazimento e sintonia com as forças superiores da vida.
A questão decisiva é a vivência." - Cícero Pereira

"Evangelho: ética para o Terceiro Milênio" - Seara Bendita - Wanderley Oliveira/Maria José C. Soares de Oliveira, Editora Dufaux

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Ética para um milênio

"Journey" by Christian Schloe Digital Artwork
1. OUVIR como quem espera aprender algo com aquele que diz. O que quer que seja. Sem julgar a pessoa. Analisando o que se diz. Aprofundando-se em si mesmo.
2. FAZER da sinceridade uma defesa pessoal que só o silêncio é capaz de ultrapassar.
3. QUERER o bem de outrem apesar de todas as coisas difíceis, intransponíveis e impossíveis.
4. APRENDER a colher um sorriso profundo de todas as puerilidades e severidades da Vida.
5. SER simples, o que não vale confundir com desleixo ou simploriedade. Toda a Natureza é um amálgama de simplicidade, aparentemente, complexas.
6. CONSTRUIR um jeito único de ser, extraindo toda a sabedoria do que for exemplar e digno de ser seguido.
7. TER um ideal nobre, atemporal. Mas não fazer da esperança uma angustiante busca, nem uma compensação neurótica.
8. LIGAR-SE à Inteligência Suprema, e religar-se em todos os atos, pensamentos e sentimentos.
9. RESPEITAR cada coisa com a reverência de uma criança pelas estrelas ou das estrelas pelo Universo.
10. APRENDER mais com os erros, embora deixar bem claro que os acertos são os frutos das tentativas destes.     
               João - Guia espiritual
 04 de setembro de 2006.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Siga adiante


Sabes, que, em meio à tempestade os passarinhos não devem levantar voo. Mas sim, somente, aguardar com fé o reparecimento da alvorada e da calmaria.

Deus permite que haja turbilhões no mundo, para que criemos confiança, em nós mesmos.
Jesus ao falar da casa construída sobre a rocha. Falava da firmeza, da firmeza interior.
Só que firmeza não é inflexibilidade, por que, até mesmo o diamante, não resiste à lapidação, que o faz brilhar.

Tome tento! Jesus é o Condutor de nossas vidas.

Assustar-se com a maresia é a atitude comum, dos que, presos ao ego; dos que, veem a vida como única existência. E, temem navegar no mar de si mesmos.

Covardia não é bom conselho a ninguém.
Se o medo é bem vindo, a coragem é sua irmã ideal.

Não podemos deixar, que, os campos de Deus se abatam pelo furor das ervas daninhas. Deus age, silenciosamente, no mundo e, nunca se mostrou surdo aos nossos apelos.

É que há momentos árduos. Há tempo de arar a terra no coração humano.
Se há frutos, é por que houve poda.
Caminhos de flores e de delicias? Somente para quem plantou.
Nosso deficit com as Leis Divinas é tamanho, que, por hora, não podemos exigir da paisagem.

Somos contrários à covardia.
A coragem com Deus é um archote que brilha na escuridão.
Nosso coração merece o prêmio da vitória. A vitória do esforço, da perseverança e da constância.

Não há vitória, sem derrota.
Jesus, o maior derrotado do mundo. Venceu o mundo e, plantou o Reino de Deus em nosso coração.
Ele, com Sua coragem, soube fazer calar os falsos homens de Deus. Soube mostrar ao mundo a Verdade Divina. Sejamos qual Jesus. Por que não obedecê-Lo?

Fugir e, se esconder nas sombras, é contrário a quem pediu que levantássemos o candeeiro no mais alto.
Sua Luz suave e forte é a clareza que nos falta as atitudes.
Somos fortes sim, fracos sim. Mas nossa essência divina a tudo suplanta. É só querermos.

Coragem! Coragem!
Não à tibieza dos covardes. Os maus se aproveitam dessa fraqueza, para se sobrepujar, aos que, se ainda não tão bons, têm no coração a vontade.

A Luz brilha do Alto! Olhemos para ela.
Se a sombra busca apagar as luzes, é por temer que a Luz que lhe anula.

Coragem! Coragem!
A luta, como sempre foi e, será por um tempo, é árdua. E, precisa de pessoas dispostas e, com coragem de vencer na causa do Cristo.

A proposta de Jesus é para os que querem ser diferentes do ontem.
Repetir-se na encarnação é a atitude mais comum. Mudar o rumo disto é o melhor a fazer.

– Que fazeis de diferente?

Repetir as tragédias íntimas, o viver social e o viver por viver??
A Vida Maior nos pede mais.
Ser melhor, sem que sejamos, os melhores.

Viver dói. Por que a dor é inerente ao próprio viver.
Mas existe um mundo sem dor?
Bons e maus, de algum modo, sofrem. O sofrimento é inerente à evolução.

Fugir da dor é covardia. Enfrentar a dor com resolução é atitude saudável, de quem quer saúde íntima.

Coragem sim! Indiferença consigo nunca!
Nossa opinião é, que, Jesus com Seu exemplo perseverou até o fim. Soube amar amigos e, aos inimigos, que se elegeram para odiá-Lo.
Jesus é o roteiro e farol de nossas vidas. Qualquer que seja a ocasião.

Tomemos tento!


João e Cláudio

Psicografado por Erick Nogueira,em 18 de maio de 2012, no "Momentos de Esperança", no Grupo Espírita Esperança – GESPE, Camaragibe - PE

Limites e superações


Qual o limite da Vida?

Para uns, o nascer e o morrer.  Para outros, de um lado o nada e, doutro lado, o nada. Para outro o céu, ou outra forma edênica, que, nos leva a imaginar um local de origem, agradável, que nos foi obrigado deixar. E deixamos para vir à vida, na qual estamos; para aqueles que creem na realidade espiritual, é claro.

E, com estes que creem, é que conversamos. Deixando aos que não creem em sua paz de pensar na forma que os couber.
Como disse, nos dirigimos aos crentes e aos aprendentes da vida em sua face dupla e complementar. Porque, simplesmente, a consideramos inseparável.

A vida começa em algum ponto. Mas começa onde? Quando? Na teoria do Big Bang, aceita pela ciência, houve uma grande explosão que deu origem a tudo o que vemos no Universo. Para a biologia, a vida começa na concepção, onde há o encontro do espermatozoide com o óvulo. Para o campo do direito civil, a vida começa no nascimento. E, termina na lavratura da certidão de óbito.

Só para termos, três pequenos exemplos de percepções de limites que o simples termo vida pode ter para nós, encarnados na mesma sociedade, no mesmo período de tempo – o hoje –, e  vivendo experiências ao mesmo lado .

Os limites são importantes, por que assinalam as bordas de começo e fim das coisas. E, são importantes na percepção e na consciência.

Limites orgânicos e físicos, tem a nossa pele que nos separa dos meios interno e externo. Limites intra e extra-celulares separam as células e formam os tecidos do nosso corpo. 

Limites formam fronteiras. Limites esbarram em mares, montanhas, rios ou outros aspectos geográficos, que, limitam e modelam: cidades, estados, países e continentes.

Qual limite do céu? Qual o limite de uma escavação no solo?
E, aqui, esbarramos na questão das possibilidades de seguir ou continuar. Para o céu, teríamos o espaço exterior com sua “atmosfera” imprópria à vida, a não ser em roupas e equipamentos próprio dos astronautas. O limite do solo é a perfuração que alcança a possibilidade de alguns quilômetros e, não mais que isso, pela falta de equipamentos, ou de recursos técnicos mais complexos para o intento.

Mas esbarrar em limites é uma forma de usar a inteligência para aprender a superá-los. Os limites só servem para que possamos superá-los.
Não há uma só limitação na Terra, seja pessoal, social, econômica, etc., que não possa ser superada no intuito do aprimoramento.

A superação da mendicância é a equanimidade das leis que regem a sociedade. A superação de uma limitação física é o otimismo de perceber-se capaz de ser melhor, apesar de.
Dificuldades, problemas, desencontros, mágoas e conflitos existenciais são todos superáveis a todo aquele que se situe em terreno de otimismo e de autoestima adequada.

Na Vida, não existem privilégios eternos, aquele que hoje possui, amanhã poderá não ter. Aquele que não tem hoje, pode mais tarde ter. Tudo é fluxo e, nada nos pertence neste mundo. Só temos o que edificamos em nós mesmos: valores, espiritualidade e inteligência. Todas as outras conquistas, apesar de nos brilharem aos olhos, são conquistas passageiras e, passam de mão em mão durante a vida.

Então, quais são os nossos limites?
O que é que eu posso? O que não posso ou não quero fazer?
O que me limita? Por que me dou tantos limites? Ou, espero que os outros os deem?

Quase sempre abdicamos de nossa capacidade de inteligir, de pensar por nós mesmos. E, nos pomos a ser marionetes de opiniões, escravos da moda, das observações e critérios de análise dos outros. E, logo estamos reféns de limites e, de limitações, que, não sendo nossas se afirmam nas que temos.

Respeitar, ouvir com atenção, considerar com bom senso, o que nos diz alguém. É proposta saudável. Mas limitar-se a ouvir “gurus” ou “vozes” que representam a “verdade” todo o tempo, é desconsidera-se ser pensante e, capaz de, por si, buscar superar-se.

E, nesse esforço de superação aprendemos muito. E, todos nós temos algo a superar: uma timidez, uma familiar difícil, um trabalho não bem remunerado, a má vontade de estudar, os achaques da idade e, tantos outros pequenos pontos, aparentemente, insuperáveis que nos convidam, dia a dia, a sermos melhores, mais aptos e capazes.

Todos nós temos desafios. E, nem todos, nos cabe a possibilidade de solucioná-los a sós, ou de todo. Há coisas, que, não nos cabe dar solução. E, aqui se apresentam os limites próprios da complexidade do existir.

O que não devemos é nos limitar nos limites e limitações.

Precisamos aprender um novo modo de fazer, de contornar, de superar, de fazer diferente ou, de não fazer, na busca de superação e, de auto superação que a vida nos coloca.

Vós sois deuses”, nos diria Jesus. Na certeza de nossas possibilidades e, no limite-ótimo que precisamos alcançar – o de deuses, os quais todos somos.

Muita Paz a todos, 
Cláudio




Psicografado por Erick Nogueira, em 18 de janeiro de 2011, no "Momentos de Esperança", no Grupo Espírita Esperança - GESPE, Camaragibe - PE.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Luz em teu coração


Talvez não percebamos, mas nossa vida esta atrelada à luz. 
Do ponto de vista macro temos no Sol a grande lâmpada de Deus que nos acende a percepção do que é dia e, do que é noite. Mas é o Sol uma estrela importante para nós, os terrícolas. Se observarmos outros planetas, deste nosso mesmo sistema solar, perceberemos que cada planeta é banhado por quantidade de luz solar diferente.

Na Antiguidade e, mais precisamente na mitologia greco-romana, o Sol através de deuses particulares, recebia atribuições míticas e poderes sobre-humanos que, eram capazes de interferir na vida dos mortais; que quase sempre eram indefesos aos humores, destes deuses, quase sempre parciais ou cruéis. Noutras culturas, nas mais diversas latitudes e longitudes, observamos similares que possuem esses mesmos poderes. 

Mas de onde vem tamanha obstinação por endeusar um simples astro, de tantos outros no Universo?
Parece-nos haver alguma atração inconsciente pela luz, que simbolicamente, ele - o Sol -, nos apresenta. 

Luz atrai luz. Como seres luminíferos que somos, a luz externa nos é, por semelhança, atrativa. Somos quais seres alados, que, nos atraímos pela lâmpada elétrica. Amamos a luz, porquê, ela representa os aspectos da nossa gênese divina e, por representar, ainda, o nosso Self.

Para os estudos da psicologia junguiana, temos no exemplo do Sol uma representação da figura paterna. Nos florais de Bach, nos excelentes estudos do médico inglês Edward Bach, há um método solar, onde se extrai das flores, vibrações através da luz do sol. Só para exemplificar um pouco.

Mas o que sinalizamos com isto? Algum culto tardio à adoração do Sol? Nada disto! Permitamos-nos, apenas, compreender a vida com outros olhos. A vida apresenta cada elemento como um ponto de reflexão que nos merece atenção plena. Observar para aprender.

O iluminado Espírito Eurípedes Barsanulfo nos ensina que, estudando o céu e as estrelas, aprenderemos mais, sobre Deus e suas leis. Jesus nos convidou à mesma coisa quando nos diz: “Na casa de Meu Pai, há muitas moradas”, ou na consagrada prece: Pai Nosso que estais nos céus...

De que céu fala, então, Jesus? Do céu enquanto abóbada celeste ou do céu íntimo, dentro de cada um de nós?

Pensando Deus em não nos colocar em busca do, mais longe; onde nos queixaríamos com certeza, de cansaço e abatimento. Pôs o “Reino dos céus” em local mais perto. Para que, não alegássemos quaisquer dificuldades para seguir o caminho da Perfeição.

Mas falar de luz gera, por simples polaridade, a necessidade de falarmos de sombra. Sombras na humanidade, sombras interiores. Pois o que é um canto escuro? Um local escuro? Se não um canto sem luz!

Brilhe a vossa Luz! Percebe-te luminífero, luminoso. Capaz de iluminar a tua vida e, daqueles que ainda em trevas se estertoram em dores íntimas de pura ignorância. Em por falar em ignorância: que é para nós, a ausência de luz na inteligência.

O que estamos fazendo para aclarar nossa mente?
As vastas bibliotecas do mundo são quase sempre, quando dignas e boas suas obras literárias, momentos de percepção iluminada (insights), que os autores destas mesmas obras, quase sempre guiados por outras consciências, nos oferecem como “hóstia de luz”, que nos pedem apenas: conhece, reflete. Por que quem reflete - por efeito físico ou mental -, leva luz para outros locais - sejam eles físicos ou conscienciais.

Reflete, portanto. Leva a luz aos que ainda se perdem entre as primeiras letras da vida espiritual. Tens um gigantesco tesouro em teu cérebro e, em tuas mãos, que precisa apenas das luzes safirinas do Amor para fazer brilhar mais, o mundo onde habitas.

Lembremo-nos da singela gratidão do Sol, que compartilha luz com todos nós e, os ainda, maus. Porque todos merecem iluminar-se. A luz de Deus é para todos.

Cuidemos de nossa vida com mais carinho e atenção. E, saibamos de antemão, como sempre pensamos: somos seres luminíferos, filhos da luz de Deus – em Sua Paternal Inteligência, que aguarda de amplos braços a cada um de nós.

Muita Paz e luz a nós todos,
Vosso irmão,
Cláudio

Psicografado por Erick Nogueira, no dia 22 de janeiro de 2010, no "Momentos de Esperança", no Grupo Espírita Esperança - GESPE, Camaragibe - PE.

Poder pessoal


Celebrar a vida. A cada instante é momento oportuno de celebração. 
Até na morte em si é instante de celebrar a continuidade da vida.

A causa de nossas dores está ainda atrelada ao resultado moral e emocional de nossos atos.
O pesar, a saudade é apenas a contraparte da alegria e do encontro. São todas, faces da mesma “moeda” que nos pede apenas vivenciar, experienciar todas as situações que a Vida nos convida.

Espíritos que somos todos nós, galgadores dos degraus evolutivos que, paulatinamente, conquistamos com nosso próprio esforço. Somos todos nós artífices de nossa felicidade, ou quando desatentos a isto, nossa infelicidade.

A Vida é expressão Divina e divinizante. Nós fazemos parte deste banquete que o existir e o viver nos proporcionam. Mas precisamos estar conscientes disto.

E, como adquirir consciência? 
Experimentar, viver, permitir-se aprender em todos instante. Parafraseando um conhecido provérbio oriental, diríamos: a semente da laranja não imagina que dentro de si, há um imenso laranjal. Somos semelhantes. Falta-nos esta mesma consciência de nosso poder pessoal. E, da utilização deste na transformação de nós mesmos. 

Queixamo-nos de falta de coragem, de tempo, de vontade, de querer, etc. E, todos esses, são reais obstáculos de nossa decisão em sermos bons. Ser bom não é passividade e, nem pacifismo inócuo. Ser bom é luta constante, no “Eu não vim trazer a Paz.” Mas, ainda sim, é auto-combate.

Só aquele que conhece suas próprias fraquezas é capaz de vencer-se, sem derrotar-se. É necessário para isto: autodisciplina, perseverança, vontade resoluta, compreensão de suas imperfeições, senso de dever, amor a si e ao outro, dentre outras.

Talvez pensemos não ter tudo isto em nós mesmos. E, pode ser verdade. Mas é bom que pensemos no quanto já possuímos. E isto, repetimos, é consciência de nosso poder. Somos poderosos sim, mas em que âmbito? Todo aquele que tem o verdadeiro poder jamais o utiliza, a todo instante e para apenas o usufruto de si mesmo. Não vemos nos exemplos de um Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, e demais, aparentemente frágeis, o uso de seu poder pessoal na utilização vaidosa do personalismo. Poder é capacidade de fazer bem e fazer o Bem.

Todo aquele ser que diz ter poder, e não faz o bem, é ainda sim um simulacro. E, busca por meio de palavras e atitudes teatrais, impressionar, ampliar o medo, tiranizar. Aquele que mais amar, este sim é o poderoso agente do bem no mundo, qualquer que seja o plano físico-espiritual que esteja.

Somos todos nós na mensagem de Jesus os deuses, que em ponto menor, somos capazes de modificar o que somos, o local onde nos encontramos, transformando nossa vida sempre para o bem.

Usemos sempre o nosso poder pessoal na prática benfeitora do bem. Nossas palavras, nosso olhar, nossa postura diante do mundo são convites-desafios que a vida nos pede na construção de uma sociedade mais justa, equânime e feliz.

Eis os nossos desafios. É o convite premente de Jesus a todos nós. Sintamo-nos, pois, convidados a executar cada vez mais o poder que temos.

Aplicá-lo adequadamente é atitude correta que gratifica nossos sentimentos, apazígua nossas emoções e aprimora a nossa inteligência.
Espíritos inteligentes que somos, cabe-nos usar nosso poder de inteligir para darmos prosseguimento aos nossos passos evolutivos. Que sem demora, nos pede andar mais e melhor.

Grato pela oportunidade do encontro e de compartilhar, me despeço na rica certeza de que todos nós somos ricos em amor e filhos diletos de Deus.

Muita paz a todos nós,
Vosso irmão, 
Cláudio


Psicografado por Erick Nogueira, em 02 de julho de 2010, no "Momentos de Esperança", no Grupo Espírita Esperança - GESPE, Camaragibe - PE.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Tenhamos confiança



Onde adquiri-la, então, quando achamos que não a temos? 
Em nós mesmos! 
Mas como? Se não a temos??
Temos sim, afirmamos.

Confiança é construção nossa, não só de agora. É produto dos séculos que já percorremos.
É resultado de nossas experiências milenares na Vida. Onde, sendo colocados à prova, gota a gota, conscientes ou inconscientemente, elevávamos nossa mente ao céu, na busca de amparo, de consolo e de respostas.

O que acontece hoje conosco, quando nos queixamos de insegurança, falta de fé, é, apenas lembrar que, esse impulso d'alma, que é a confiança, já está em nós e carece desabrochar, tomar forças na razão e, ser firme no propósito de ser inquebrantável; apesar de toda e quaisquer dificuldades que nos surja.

Então, quando nos queixamos de nossa falta de fé. Questionemos, indaguemos com coragem: de que fé falamos? O que buscamos? Será que somos, realmente, descrentes ou estamos numa crise de descrença?

Com a ideia de vidas que se passaram - multiplicidade das existências -, talvez absurda para alguns; ou ainda, somente o materialismo contumaz obsta, que, esse fulcro de novas percepções espirituais chegue à consciência. Para alguns, torna-se mais difícil perceber a vida como ela é. A vida é algo espiritual. A matéria é o revestimento modelador da vida, é o campo de exercício da alma, que, necessita molda-se, cada vez mais, mergulhar-se nas experiências que nos faz ser perceptíveis à caminho da Perfeição, essa, para a qual fomos criados.

A religião que abraçamos é a universidade à qual nossa alma carece, para aprendermos a lições que serão necessárias.

Qual é a melhor religião? É unânime a resposta da sensatez. Aquela que faz o Espírito aperfeiçoa-se na prática do bem, ou seja,  é aquela que, torna o homem melhor.
Disto, a necessária participação de todos nós, no momento evolutivo, ao qual já nos posicionamos, de por nossa vez, fazer da religião o laço que abraça o maior número de crentes. Mas não apenas crentes, mas sim, crentes valorosos. Repletos de fé sentida e, de amor, combustível de todos os momentos e, de todo relacionamento fraternal.

Não há uma só religião que tenha o poder de salvar-nos. A religião é o elã, é o impulso e, o balbuciar necessário à aprendizagem das palavras, gestos saudáveis da postura interior, da unção com o Divino, presente em tudo. Por si só, religião é apenas a sala de aula, que carece de alunos matriculados e, em processo de produção e de vivência de aprendizados. Ela só torna melhor aquele que deseja com força, ser melhor. É necessário a vontade latente e desabrochando no coração. Se não houver essa "fome" de querer luz. O Espírito necessita acordar da "inapetência", e, buscar. Eis o caminho: buscar. Bater, procurar, e, não sossegar até achar - como nos pontua Jesus.

Então, nada de "anemia espiritual", mas sim, o vigor que nos oferta o contato e a oportunidade de aprendermos em comunhão com os outros, no sítio religioso onde aportamos.

Toda religião é caminho à descoberta das verdades espirituais. Em maior ou menos grau, a verdade está presente. E, essa gota ou cascata de verdade é o nosso ponto de partida à verdades que se descortinarão infinito à fora.

Abramos nossos braços e dilatemos nosso coração a aprender com todos; com todas as expressões religiosas. São elas diferentes salas de aula na escola universal do Bem. Até mesmo aqueles que, falte às aulas ou que desconheça tal endereço, são de tempos em tempos convidados a se matricular nesta divina escola. Que pede de nós, empenho e dedicação.

Matriculemo-nos no Bem e assistamos as aulas imprescindíveis em todo instante - dentro e fora da escola. Por que afinal: a Vida, também, é a grande escola de todos nós. 

Muita Paz a todos.
Mohandas e Cláudio


Psicografado por Erick Nogueira, em 27 de fevereiro de 2009, no "Momentos de Esperança", no Grupo Espírita Esperança - GESPE, Camaragibe - PE.






Momento evolutivo



Cada um de nós é ser único.
Somos os viajores do Universo. O Universo é ainda, a nossa casa/escola, onde buscamos crescer física e espiritualmente. Como uma escola na Terra. É, esse Universo, cheio de salas de aulas/turmas, onde há educandos de vários matizes evolutivos.

Há alguns começando seu aprendizado, outros em aulas mais avançadas. Há professores e mestres.

O educando situado nas salas do jardim de infância são os menos aptos, segundo a visão dos que já adentraram o ensino fundamental. Para o ensino médio, os universitários são mais avançados. Claro, que aqui, usamos nossa comparação segundo a classificação atual do ensino no Brasil. Noutros países, as variações e denominações são outras, mas o exemplo é válido para a nossa pequena análise.

O que importa aqui é nossa percepção - auto-percepção diria -, de: onde? E, qual "local" de vivência evolutiva nós estamos? Para entender aquilo que em "O Livro dos Espíritos", está explicado no item 100, que fala da Escala Espírita. 

Descobrir quem somos é a chave de nossa felicidade. Somos o que somos, como somos; por motivo próprio de nossos passos. No longo caminho percorrido por nós.

Para aquele que percebe a vida como um continuum, não pode parar para achar-se pequeno ou insignificante. Quem se compara, para. E, geralmente, para absorto em sentimento de culpa e de inferiorização desnecessária.

Saber quem somos é atitude de alerta de vivência saudável, de aprendizado do Eu superior (Self).
Não há caminho para as zonas luminíferas de nossa vida, sem a passagem consciente pelas sombras.

Mas o que é a sombra? O que é uma sombra?
Perceba uma árvore, sendo banhada pela luz do sol, em determinado ângulo do dia. Veja que, se de uma lado há, o desenho do tronco, dos galhos, das folhas, do outro lado, há a fonte luminosa. Somos desta mesma forma. Estamos de costas para nós mesmos. Para a luz que existe dentro de nós. A cada dia, as ciências humanas descobrem que somos energia; que átomos e suas sub-partículas emitem luz em policromia própria.

"Vós sois a luz do mundo." - assertivamente, nos fala o Mestre dos Mestres, na sua Magna e doce palavra atemporal.
Como duvidar disso?
Somos a luz de nosso mundo interior; luz inapagável, luz imortal.

Acendamos, portanto, nossa luz. Clareemos nossa mente. Dando-lhe insights mais positivos. Quanto mais luz ofertamos a nós mesmos, melhor. Mas cuidado com a iluminação repentina, com a luz é necessário gradação adequada, potência adequada. Luz em excesso é tão perigosa, quanto as trevas da alma. Pelo simples perigo do clarão do ego, que, ofusca a nossa visão real das coisas.

Somos ainda, sombra e luz. Dia e noite. Da mesma forma que a Natureza, da qual somos parte. Percebamos nossos ciclos interiores e, nossa necessidade de, mais ou menos, nos iluminarmos.

Jamais nos neguemos a oportunidade de conhecer, em nós mesmos, nossas maiores necessidades. Aquele que se observa, corre menos riscos, se age na direção de acertar com seus erros.

E, voltando à sala de aula, que é a Vida. Sempre busquemos aprender mais com tudo e, com todos.

Ser quem somos, se não em egoísmo pérfido e destrutivo, é sinal de alguma evolução. E, só evoluímos, por quê demos uns outros passos na direção da felicidade. Nosso tempo agora é de crescer, mais e mais. E, temos nas diretrizes espíritas, meios e oportunidades, de acelerar e, de corrigir visões e atitudes equivocadas.

Aproveitemos essas oportunidades. Estudando nós mesmos com empenho e vontade.


Um abraço,
Vosso irmão Cláudio.


Psicografado por Erick Nogueira, em 07 de agosto de 2009, no "Momentos de Esperança", no Grupo Espírita Esperança - GESPE, Camaragibe - PE.



sábado, 30 de novembro de 2013

Trilhas e caminhos



Andar é uma capacidade que possibilita os seres locomoverem-se, para suprir diversas necessidades. Buscar alimento, procurar abrigo, se afastar de um predador, buscar um local para reproduzir-se, etc. 

Andar foi uma conquista, paulatina, que aconteceu na evolução dos seres de forma crescente e contínua. Exceto, plantas e minerais, a maioria dos seres, locomovem-se, em um momento ou outro, de suas vidas. E, mesmo esses, plantas e minerais, não estão destituídas de locomoção, quer seja, em uma ou outra, estrutura.

Explico, para ficar claro, as plantas não se locomovem, mas seu pólen é transportado pelo vento, pelos animais, etc. Os minerais não se locomovem, mas mesmo assim, são carregados, pelos rios, pela chuva, pelos movimentos tectônicos, etc.

Desta pequena ilustração, bastante sintética, buscamos nos convidar à uma reflexão e, talvez, uma interpretação pessoal do termo andar.

Andar é uma ação. Toda ação cria e facilita uma reação. Nossa fisiologia e neurologia aprendeu a andar quando o homem saindo do primarismo aprendeu a ergue-se, eretamente, e tornou-se bípede.

Com essa simples ação, nos tornamos capazes de visualizar o mundo de um outro ângulo. Se antes, nossos sentidos do olfato, paladar e audição eram, exclusivamente, usados. Tivemos que aprender a usar a visão binocular, que é uma conquista do homem.

Resumimos, um longo percurso evolutivo, em duas ou três frases, que aqui escrevemos. Apenas  no intuito de nos fazer perceber que, temos todo um equipamento físico preparado para suas funções.

Se andamos hoje, o andar foi uma conquista evolutiva que merece ser celebrada e percebida, como aquisição meritória de todos nós, obras divinas em progressiva evolução.

Atrevo-me agora a nos questionar do ponto de vista mais filosófico; nos suscitar a uma pequena reflexão.
Se sabemos que andamos, seria bom sabermos: como andamos? Quais trilhas? Quais caminhos percorremos?

Trilha nos sugere a ideia de um atalho pequeno, uma vereda, um picada feita de forma rudimentar e, que serve por um dado momento, para se chegar à um lugar qualquer.

Caminho nos parece ser uma via mais elaborada, é como se fosse uma trilha que, de tanto usada, tornou-se fundamental.

Na vida, por vezes, andamos em trilhas, noutras em caminhos... Dependendo da consciência e da urgência que nossa vida precisa para uma boa locomoção.

Da mesma forma que há trilhas e trilhas, há caminhos e caminhos.

Se observamos a história do Cristianismo, seu desenvolver ao longo do tempo, somos capazes de perceber as trilhas e caminhos que foram seguidos pelos religiosos ditos cristãos. Houve vários que se desviaram: pelo poder temporal, pelo orgulho e pela vaidade, rumando à trilha do próprio inferno pessoal. Outros, caminharam rumo ao trabalho sacrificial, ao amor ao próximo e, à uma conduta cristã vivida e sentida.

Todos estes tinham pés e, deambulavam com os mesmos mecanismos dados pela natureza, que é obra divina. 

Então: quais as trilhas que seguimos? São atalhos seguros? Onde levam? São vias perigosas ou margeadas de flores ilusórias?

Jesus colocou-se com caminho. Na Sua célebre frase: "Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida." Como a nos mostrar que: é um rumo, via e sinalização segura para se chegar à algum lugar, que para Ele, é o Pai, a Unidade, da qual falou fazer parte (Eu e o Pai somos Um) e, nos disse que também somos (Vós sois deuses).

O moço rico escolheu a trilha da impossibilidade e do desdém, deixando para depois, para mais tarde...
Paulo após trilhar pela ignorância das próprias leis civis e convicções de seu tempo. Caminhou, caminhou muito, até dar de face com o próprio Cristo.

Todos tiveram a mesma oportunidade de andar. Um era paralítico do pensamento e da alma, outro venceu a própria deficiência e aprendeu a caminhar com os próprios pés.

Somos todos nós caminhantes da vida. As trilhas quase sempre são escolhas que fazemos.
É natural que tropecemos, que caiamos; faz parte do andar. Quedas e tropeços, até que nossas pernas estejam firmes para a caminhada.

Mas a partir disso, somos nós, responsáveis por nossos passos e caminhos que escolhemos na vida. Ninguém caminhará por nós, temos a errônea certeza de que, a vida fará isso, nos polpando da tentativa e aprendizado.

Deus nos deu a inteligência e devemos usá-la em nosso próprio aprimoramento.
Recusar-se a caminhar dessa forma é estranho egoísmo e cegueira, que, nos atrasa a marcha evolutiva, em anos ou milênios, até que os mecanismos - dolorosos - da vida nos empurrem caminho à frente.

Ouçamos o convite claro de Jesus. Ele é o Caminho. Ninguém nos levará à Deus senão Ele. Todos os outros caminhantes que lhe refletiram a luz são apenas trilhas que levam até Ele.

Jesus é o Caminho. Trilhar este caminho, quilômetro a quilômetro,  metro a metro, é certeza atestada por tantos Espíritos, que hoje, se encontram em beatitude e em paz com suas próprias consciências.

Com respeito a todas as formas de crer e de adorar, colocamos aqui Jesus - em sua Ética e doutrina toda de Amor -, e não à esta ou àquela religião que diz tê-Lo em seu escopo, mais ou menos perfeito.

Dizendo isto, em opinião pessoal, nos convido à reflexão sobre nossas trilhas e caminhos na vida.


Muita Paz a todos nós.
Vosso irmão,
Cláudio

Psicografado por Erick Nogueira, em 27 de maio de 2011, no "Momentos de Esperança", no Grupo Espírita Esperança - GESPE, Camaragibe - PE.




terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ficar em Paz



Paz é tentativa. Não é passiva postura de esperar consequências favoráveis, quando não há trabalho ativo para conquistá-la.

"Não vim trazer a paz", não é proposta de quem não sabe o que diz. É, assertiva crística e cristalina de quem sabe com profundidade das leis de construção da paz, em meio à guerra íntima de sua obtenção.

Então, por quê descoroçoar da luta?
Postura de combate, mas sem guerra. Toda guerra externa é improdutiva. Quando, apenas, derrama sangue e lágrimas. Usemos nossa agressividade - sua pulsão para o ataque -, no ataque pacífico às nossas imperfeições, mas sem destruirmos seus possuidores, que somos, nós mesmos.

Toda luta é oportunidade de crescimento. Quando sabemos como e para quê estamos no embate.
Quem luta desafia seus "lugares comuns" na vida. Busca um objetivo, em prol de mais e melhor. É lei do progresso. E, todo progresso é benéfico, quando, toca com equanimidade as leis de caridade.

Sejamos, pois, pacíficos, mas combatentes.
Quem perde uma batalha, está apto a encontrar estratégias de um bom combate, na próxima vez.
Todo embate é convite de luz  à transformação de nossas imperfeições milenares. Usemos a energia do bem nesses processos. Sem desaires, autopiedade ou conformismo.

Tentar possibilita errar muitas vezes. Mas cada acerto, é passo certo na construção de nossa felicidade perene.

Jesus sempre nos convidou a vencer a nós mesmos, em meio às lutas e questiúnculas humanas.
Jesus nunca brigou, mas sempre foi o máximo lutador da Vida, por expressá-la em sua máxima característica, num mundo em luta de aperfeiçoamento, como é a Terra.

Portanto, lutemos sim, mas objetivemos nossa luta ao propósito de melhor e, mais fazer o bem, em cada oportunidade que nos surja.
Porque, destas e de tantas outras lutas, em mais ou menos tempo, seremos coroados pelo louro imorredouro da conquista de nós mesmos.

Sejamos pacíficos na luta, repetimos.
Mas que cada ato seja uma marcha constante a aquisição do que somos.

Sejamos felizes com nossas conquistas.
Sejamos construtores de nossa felicidade.

Paz é luta.
Lutemos em Paz.
Muita Paz!

Cláudio


Psicografado por Erick Nogueira, em 21 de agosto de 2009, no "Momentos de Esperança", no Grupo Espírita Esperança - GESPE, Camaragibe - PE.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Simplicidade



Quem não gostaria de ser simples?
Viver sem ter que se preocupar com comezinhas razões, que, nos atrelam à questiúnculas, que ainda mais, nos oprimem, nos angustiam.
Deixando-nos de respiração opressa, de olhar vazio, e nos sentindo abatidos.

Bem-aventurados são os simples - nos enunciou, Jesus.
Mas o que é simplicidade para o Cristo?
Será a pobreza?
A falta de cuidado conosco?
Será a falta de responsabilidade com a cidadania e com a vida social?

Precisamos aprender a ser simples.
Simplicidade é, creio eu, aprender a viver conosco mesmo. Respeitando nossos limites e potencialidades.
Ser simples é ter consciência tranquila de estar cumprindo seus deveres para consigo e, para com o próximo.

Ser simples é ser bom, afável, sensato, calmo, quando isto, sinalizar tranquilidade interior.
Ser simples é usar dos bens materiais, somente o necessário. Sem se apegar a ilusões.
Ser simples é sorrir ao ver uma flor, ao admirar o céu, as estrelas.

Precisamos aprender a reconquistar nossa simplicidade. O que nos faz lembrar que fomos criados simples e ignorantes. E, aqui, aduzimos que: ignorância seria, apenas, nos colocarmos como ignorantes dinâmicos, ou seja, estarmos sempre aptos a aprender mais.

Quanto é importante aprender na vida!
A vida é plena de aprendizados.
Não há um só ser vivi que passe pela vida sem ter aprendido algo. Por que é a vida a oportunizadora da inteligência e, está é o instrumento, objeto do ato de aprender.

Aprender é evoluir e progredir.
Saímos dos instintos e caminhamos rumo ao sentimento, que é a razão elaborada pelo coração.
O animal selvagem que afaga o filhote. É mais  adiante, a mãe cuidadosa que acalenta o bebê com ternura.
Então, a vida, mesmo no mais obscuro ser vivo, é a escola de nossas almas, sempre em progresso.

Porque a vida é simples.
A complexidade teórica do funcionamento de uma estrela, cala-se silenciosa, ante o brilho iridescente desta, que apenas nos convida a apreciá-la.
Claro que, com isto, não nos convido à uma vida boba e contemplativa. Apenas nos convido a perceber as simplicidades do viver. A enxergar um lado, ainda, não perceptível para muitos de nós, que, nos sobrecarregamos com complexidades inúteis. E, nos cansamos sem ter pouso n'alma para absorver coisas simples.

Bem-aventurados os simples... 
Por que suas almas leves, vivem a vida - com seus desafios naturais -, com leveza. com coragem, por saber que possui, as condições fundamentais para a auto-superação. Não há a cobrança, o martírio do orgulho de crer-se capaz de fazer aquilo, que, ultrapasse os limites de sua capacidade e forças.

Talvez, este seja, o nosso desafio mais árduo. Vencer a falácia do ego, que nos obriga a nos comparar com os outros. É o egoísmo que nos incentiva a competir; a sermos os melhores, os mais capazes, os insuperáveis.

E, como nos sugerem os Sábios Instrutores, o egoísmo é o grande responsável pela ausência de paz e de justiça social. Como pode ser verificado no questionamento proposto por Kardec em O Livro dos Espíritos.
É o egoísmo o grande vilão de nossas vidas. Mas, este, é um vilão muito caro à nós. Caro, porquê é dispendioso alimentá-lo em nosso viver. Então, como destruir algo que "amamos" - que, sem medo de errar, é parte de nós -, sem destruir à nós mesmos?

Precisamos deixar de pensar em destruição e, optar pela transformação. Já que a Natureza não gera lixo. E, somos parte desta mesma Natureza.
Na Natureza impera a transformação?
E, por quê isso não ocorre conosco?

Cremos que, acontece sim. A cada dia. Para uns é um processo rápido, para outros mais lento. Não dependendo da vontade de cada um, de forma pessoal. Já que, todos, estamos sob as Leis Divinas que nos regem. Mas, sim, da força de vontade, do desejo nato de superação, do uso correto da inteligência; que é um dos dons dados por Deus para uso exclusivo de nosso auto-progresso.

Nosso maior equívoco foi ter usado nossa inteligência para uso exclusivo da satisfação de nosso egoísmo.
Se tivéssemos optado pela simplicidade, as coisas teriam tomado outro rumo.
Não foi assim, nos cabe, apenas, mudar de rumo. E, rumarmos em direção à nossa felicidade.
Felicidade que é simples. Que é sorriso íntimo, que é beatitude, é bem-aventurança.

Felicidade nunca será, estar satisfeito ante as misérias sociais, os conflitos psicológicos e perturbações emocionais de nosso próximo.
Felicidade é sim, pacificação para o bem agir, sem perturba-se com os desafios, que, sabemos ser imprescindíveis a todos nós, caminhantes, rumo ao Divino em nós.
Estaremos em paz conosco, mas nunca indiferentes com a dor alheia.

"Bem-aventurados os simples."

Oxalá, nos encorajemos à cada dia, a ser simples e, plenos de Amor. Por que, quem tem Amor: é o mais completo, é o mais rico de todos os seres. Por declinar preencher-se com "coisas", que, podem até por instantes, - uma existência até! -, serem fundamentais, mas que à longo prazo, nos deixarão vazios. E, oba! prontos a nos preencher com o verdadeiro tesouro.

Muita Paz a todos nós,
Vosso irmão,
Cláudio


Psicografado por Erick Nogueira, em 30 de julho de 2010, no "Momentos de Esperança", do Grupo Espírita Esperança - GESPE, Camaragibe - PE.