"Não se trata de biblismo místico e dogmatizante, longe disso. Mas de descobrir, pelo estudo profundo dos fundamentos doutrinários e por uma visão progressista da cultura espírita, o quanto a hermenêutica pode adquirir uma explanação confortadora e luminosa, motivadora de uma vivência saudável. Esse estudo, seguido de uma meditação, em ambientes apropriados de nossos centros espíritas, constituirá lídimas iniciativas de maturidade espiritual, será alento imprescindíveis à nossa caminhada, será o mergulho na intimidade donde extrairemos refazimento e sintonia com as forças superiores da vida.
A questão decisiva é a vivência." - Cícero Pereira

"Evangelho: ética para o Terceiro Milênio" - Seara Bendita - Wanderley Oliveira/Maria José C. Soares de Oliveira, Editora Dufaux

sábado, 14 de dezembro de 2013

Luz em teu coração


Talvez não percebamos, mas nossa vida esta atrelada à luz. 
Do ponto de vista macro temos no Sol a grande lâmpada de Deus que nos acende a percepção do que é dia e, do que é noite. Mas é o Sol uma estrela importante para nós, os terrícolas. Se observarmos outros planetas, deste nosso mesmo sistema solar, perceberemos que cada planeta é banhado por quantidade de luz solar diferente.

Na Antiguidade e, mais precisamente na mitologia greco-romana, o Sol através de deuses particulares, recebia atribuições míticas e poderes sobre-humanos que, eram capazes de interferir na vida dos mortais; que quase sempre eram indefesos aos humores, destes deuses, quase sempre parciais ou cruéis. Noutras culturas, nas mais diversas latitudes e longitudes, observamos similares que possuem esses mesmos poderes. 

Mas de onde vem tamanha obstinação por endeusar um simples astro, de tantos outros no Universo?
Parece-nos haver alguma atração inconsciente pela luz, que simbolicamente, ele - o Sol -, nos apresenta. 

Luz atrai luz. Como seres luminíferos que somos, a luz externa nos é, por semelhança, atrativa. Somos quais seres alados, que, nos atraímos pela lâmpada elétrica. Amamos a luz, porquê, ela representa os aspectos da nossa gênese divina e, por representar, ainda, o nosso Self.

Para os estudos da psicologia junguiana, temos no exemplo do Sol uma representação da figura paterna. Nos florais de Bach, nos excelentes estudos do médico inglês Edward Bach, há um método solar, onde se extrai das flores, vibrações através da luz do sol. Só para exemplificar um pouco.

Mas o que sinalizamos com isto? Algum culto tardio à adoração do Sol? Nada disto! Permitamos-nos, apenas, compreender a vida com outros olhos. A vida apresenta cada elemento como um ponto de reflexão que nos merece atenção plena. Observar para aprender.

O iluminado Espírito Eurípedes Barsanulfo nos ensina que, estudando o céu e as estrelas, aprenderemos mais, sobre Deus e suas leis. Jesus nos convidou à mesma coisa quando nos diz: “Na casa de Meu Pai, há muitas moradas”, ou na consagrada prece: Pai Nosso que estais nos céus...

De que céu fala, então, Jesus? Do céu enquanto abóbada celeste ou do céu íntimo, dentro de cada um de nós?

Pensando Deus em não nos colocar em busca do, mais longe; onde nos queixaríamos com certeza, de cansaço e abatimento. Pôs o “Reino dos céus” em local mais perto. Para que, não alegássemos quaisquer dificuldades para seguir o caminho da Perfeição.

Mas falar de luz gera, por simples polaridade, a necessidade de falarmos de sombra. Sombras na humanidade, sombras interiores. Pois o que é um canto escuro? Um local escuro? Se não um canto sem luz!

Brilhe a vossa Luz! Percebe-te luminífero, luminoso. Capaz de iluminar a tua vida e, daqueles que ainda em trevas se estertoram em dores íntimas de pura ignorância. Em por falar em ignorância: que é para nós, a ausência de luz na inteligência.

O que estamos fazendo para aclarar nossa mente?
As vastas bibliotecas do mundo são quase sempre, quando dignas e boas suas obras literárias, momentos de percepção iluminada (insights), que os autores destas mesmas obras, quase sempre guiados por outras consciências, nos oferecem como “hóstia de luz”, que nos pedem apenas: conhece, reflete. Por que quem reflete - por efeito físico ou mental -, leva luz para outros locais - sejam eles físicos ou conscienciais.

Reflete, portanto. Leva a luz aos que ainda se perdem entre as primeiras letras da vida espiritual. Tens um gigantesco tesouro em teu cérebro e, em tuas mãos, que precisa apenas das luzes safirinas do Amor para fazer brilhar mais, o mundo onde habitas.

Lembremo-nos da singela gratidão do Sol, que compartilha luz com todos nós e, os ainda, maus. Porque todos merecem iluminar-se. A luz de Deus é para todos.

Cuidemos de nossa vida com mais carinho e atenção. E, saibamos de antemão, como sempre pensamos: somos seres luminíferos, filhos da luz de Deus – em Sua Paternal Inteligência, que aguarda de amplos braços a cada um de nós.

Muita Paz e luz a nós todos,
Vosso irmão,
Cláudio

Psicografado por Erick Nogueira, no dia 22 de janeiro de 2010, no "Momentos de Esperança", no Grupo Espírita Esperança - GESPE, Camaragibe - PE.

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